quinta-feira, 7 de junho de 2012

Você sabe a qualidade da água que você consome?

Há anos tenho a curiosidade de saber a qualidade da água que sai da torneira da pia da cozinha. Sempre li que temos que utilizar água filtrada para cozinhar por causa dos metais pesados.
Mito ou verdade?
Resolvi ler um pouco sobre metais pesados e fiquei horrorizada. São tantos e fazem tão mal a saúde...
Entrei em contato com a empresa AcquaAir para entender um pouco mais do assunto e contratá-los para que fizessem a análise da água da minha torneira.
A primeira boa notícia é que essa história de metais pesados só ocorre em áreas de risco, como a proximidade com postos de gasolina ou com regiões contaminadas. Eles me garantiram que a água da CEDAE é de ótima qualidade e que, se existisse algum metal, só poderia ser o ferro ,devido a tubulações antigas feitas de ferro. Isso só ocorre em prédios antigos e  a mais de  30 anos  o ferro foi substituído pelo PVC.
Em uma análise, o que pode aparecer é a presença de barro, por falta de limpeza da caixa d'água do prédio , coliformes e bactérias, por falta de cloro na água. Todo mundo sabe que a água da CEDAE tem muito cloro, mas seria isso um problema?
Mito ou verdade?
O cloro se evapora rapidamente. Se deixarmos a água parada por muito tempo, ele se evapora e isso é que é um problema, porque logo as bactérias irão se multiplicar. Ao utilizar a água da pia para cozinhar,  o cloro irá desaparecer a partir dos 45ºC e não fará mal algum.
Contratei a empresa  para que analisassem 2 pontos: o da torneira da pia e o do filtro Aqualar, que utilizamos com uma duchinha manual para lavar frutas e verduras. O custo das 2 análises ficou em R$ 300,00.
Para beber, alugamos o filtro da Brastemp. Eles  fazem a análise da água e a manutenção de 6 em 6 meses.
O resultado sobre a quantidade de cloro na água sai na hora. A nossa água estava no nível 2 e, em geral, a água entra nos prédios com o nível 3 e vai diminuindo em função do uso e da distância do ponto d'água com o reservatório. A água do filtro não apresentou nenhum nível de cloro, o que significa que o carvão ativado do filtro estava funcionando bem.

Duas semanas depois chegaram os resultados. Pensei que não daria nada demais, mas tanto na pia como no filtro,o resultado acusou um nivel alto para a cor aparente (40 PCU para a torneira da pia e 26 PCU para o filtro, onde deveria ser no máximo 15 PCU).
No dia seguinte liguei para o laboratório e falei com o técnico, que tinha feito o exame, para que eu entendesse o que estava acontecendo. O resultado da cor aparente demonstrava que a caixa d'água do prédio estava suja. Por lei, ela tem que ser limpa de 6 em 6 meses e o nosso porteiro chefe disse que isso não vinha acontecendo.
O que mais me espantou foi o resultado do filtro Aqualar que não deveria acusar nada para a cor aparente. Isso significa que o filtro poroso não estava retendo o barro. Tínhamos trocado a vela há 2 meses e o intervalo recomendado entre as trocas é de 6 em 6 meses. Isso não podia estar acontecendo. Fiquei decepcionada com a Aqualar e o que mais me preocupou, foi que usamos esse filtro em muitos clientes e é muito comum vermos em bebedouros escolares.
Cheguei em casa e fui logo abrir o filtro para ver o que estava acontecendo. Antes de abri-lo, observei que a Brastemp tinha ligado o filtro após a saída da água filtrada do filtro Aqualar. A conclusão que cheguei foi que o filtro da Brastemp estava forçando o filtro da Aqualar e com certeza esse era o motivo dele não estar funcionando como deveria.
É incrível que nós nunca tínhamos notado essa má instalação feita há mais de 4 anos. Mesmo sendo arquitetos , trabalhando com obra, deixamos passar esse vacilo. Um leigo não teria notado e iria continuar falando mal da Aqualar...
Só de curiosidade, perguntei ao técnico sobre a qualidade da água do filtro da Brastemp. Bem, é o filtro que ele tem na casa dele, o que me deixou bem tranquila.
Gostei muito da experência e agora só falta avisar ao síndico do prédio sobre a limpeza que ele tem de providenciar.

domingo, 3 de junho de 2012

Lagarta de Cachecol - Abóbora com Sálvia

Inverno chegou e nos dias mais frios não dá muita vontade de comer salada. Por isso as sopas são um hit da estação. 
No entanto, pensando nas pessoas que, como eu, não gostam de sopa, resolvemos lançar A Lagarta de Cachecol: algumas receitas de legumes quentes. Começamos com essa abóbora com sálvia que fizemos e adoramos. E o melhor de tudo: muito fácil de fazer!



Em geral  encontramos 4 tipos de abóboras nas feiras: a japonesa, a bahiana ou sergipana, a d'água e a moranga. Como a abóbora d'água é usada para doce e a moranga  muito pastosa, resolvemos comprar a japonesa (de casca verde e polpa amarela) e a sergipana (de casca laranja clara e polpa laranja bem forte).



Cortamos em cubinhos e colocamos para cozinhar, em frigideiras previamente aquecidas, com uma colher rasa de manteiga e  um pouco d'água. Acrescentamos sal , pimenta do reino e 4 folhinhas de sálvia picadas. Se preferir um sabor mais suave, deixe as folhas inteiras. 
Mexa de vez em quando,acrescente mais um pouco d'água se necessário, mas deixe-as ao dente. Cuidado, porque em geral, a abóbora cozinha em 10 minutos. Sirva imediatamente.
As duas abóboras ficaram saborosas, mas preferimos a sergipana (a que tem a cor mais laranja).